Partindo dos princípio de organização de uma sociedade muçulmana moderna, mas fortemente orientada para os valores tradicionais, o projeto usa o princípio de um ordenamento geométrico com múltiplos eixos de simetria para distribuir em necessária hierarquia e harmonia o conteúdo programático. Tudo se inicia e termina no ponto central da estrutura – a mesquita – lugar no qual todos os eixos se cruzam. Logo a sua volta, agrupam-se a reitoria, biblioteca e demais os edificios institucionais. Na sequência, os pavilhões com salas de aula, intercalados com equipamento de lazer e esporte. Por fim, os blocos de residências estudantis.

O formato do campus aqui apresentado faz alusão a uma flor apenas pelas razões simbólicas, mas a sua forma não é predefinido ou fechado, podendo evoluir seu equipamento e estrutura conforme o tamanho e a geometria do campo.

A “universidade” é entendida como simbolo de construção de uma nova sociedade, e que deveria renascer das suas próprias raizes contidas no deserto.

“As lágrimas de dor, contidas na alma das pessoas em guerra, caem sobre o deserto de onde nasce uma nova flor de esperança. Esperança de que a educação os mostre sobre como reconstruir sua sociedade sobre os princípios universais de governança sustentável: como ética e transparência; incluindo valores tradicionais de fé e justiça, bem como valores democráticos de liberdade e tolerância; uma sociedade guiada pela sabedoria, assim como pelo conhecimento.” (Autor)